segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Fui com sede ao pote, corri, transpirava e bufava, com tanta sede, quando cheguei, amarronzada e seca terra, terra e tristeza. A mal-julgada sede não foi involuntária, meu corpo não estava desidratado, seguindo meu instinto humano, limitado e prepotente, criei a sede quando vi que não havia mais ninguém por perto para chegar tão rápido quanto eu ao pote. A culpa não é do pobre pote, era convidativo, mas não chegou a me convidar. Muito menos da sede, estava adormecida quando fiz questão de acordá-la. Aceito e assumo que a culpa foi minha por me agarrar a oportunidade de matar a sede que não tinha. Agora, a sede acordada resmungava por água, já eu, com os dedos sujos de terra, gesticulava e gaguejava tentando dar uma boa desculpa.

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